quarta-feira, 2 de abril de 2008

Confissões de uma mente perturbada

Sempre estive alerta, com palavras prontas na ponta da língua. Armada de argumentos nem sempre muito relevantes, e sabendo que durante os meus dias algo iria explodir; sempre acontecia isso, e nada poderia mudar.
Fugia de sentimentos tranqüilos, da paz interior... talvez pelo simples motivo de nunca te-la conhecido, achava impossível alguem, no caso eu, senti-la.
Ter a sorte de um amor tranquilo? De forma alguma. Sempre havia de ser intenso que chegava a sufocar, precipitado. O sentir saudade, sentir falta de pés enroscados na cama não podia sequer ser cogitado.
Me perguntam o porque não providencio um celular. O tal aparelinho está em cima da minha cama servindo de despertador agora. Para que vou querer algo que qualquer pessoa me ache a hora em que bem entender, e ficar me sentindo na obrigação de atender?! O motivo principal: estava com pânico desse maldito telefone. Eu trocava de toques a cada semana para tentar ver se me acalmava cada vez que ele soava. Amava ir a algum lugar em que via que estava sem sinal... porque quando se é dependente dele, não se consegue desligar. Senti falta uma vez ao longo desses 6 meses quase. E foi recente. Quem sabe eu até providencie um... mas que seja algo privado, exclusivo, e não um telefone estilo 0800 que todos tem o número.
Dormir tranquila e acordar calma, querendo que o dia comece?!Não comigo...não com a pilha de nervos que eu sentia á qualquer hora do dia. Sonhar com as pendencias, com os medos...eram minhas noites... tinha pavor a domingo, porque antecedia a segunda, na qual meus fantasmas voltavam a ser libertados.

Notando tudo hoje, como se fosse a vida de outra pessoa, vendo de fora, é que entendo que somos vítimas de nós mesmos. Ninguem me fez sentir tudo acima escrito, eu fui a culpada.
E digo que tudo é possível de se mudar. De se converter, de se entender.
A tua paz, a tua tranquilidade, a tua paixão as coisas simples, coisas do teu cotidiano são sentimentos de se ter, impagaveis.
Não adie, o hoje é agora, e não amanhã.

3 comentários:

laine. disse...

uma vez eu te disse que o tempo ia te dar a paz e tranquilidade que tu merecia para ser feliz. disse também que faltava pouco.

me surpreendo ao ver como a paz chegou cedo. sim, pq tu foi em busca dela, fez as coisas acontecerem ( e des-acontecerem, quando necessário).

tu é uma heroína Su, e não deixa ninguém tentar te convencer do contrário....

te amo.

Rochele disse...

Poruqe temos mania de fazer a vida parecer mais difícil do que é? Eu também tive uma época em que se as coisas não estivessem sempre um tumulto não ficava feliz.
Ainda bem que essa fase de sossego pegou todo mundo. A paz e a tranqüilidade são maravilhosas.
Bjos

Paulo disse...

Tem pra vender essa tal de paz? Ando procurando há eras e nada de encontrar. :(