Sempre quis agarrar o mundo com as mãos. Literalmente...Me virar em mil, fazer e desfazer, me surpreender, ser surpreendida.
Ao longo do tempo, as coisas mudam. Teu corpo pede algo mais concreto, mais tranquilo. Algo que preenche toda essa ansia, essa afobação [porque não].
Sempre que algo bom surge na minha vida, aparece em duplicidade. Não foi diferente agora.
Em transe de felicidade ainda, em euforia por tudo estar da forma como tem que estar, em me sentir calma e realizada. Tive que colocar tudo em uma balança e optar.
Optei, e tive o apoio das duas pessoas que eu precisava.
Mas saber que algo esta sendo adiado da um certo sentimento de frustração. Ainda mais quando é uma coisa que se quer demais. Que se sonha, que se pode ter...mas tem que esperar.
O motivo? é o melhor deles.
Eu sou acima de qualquer coisa, mãe!
Mas não aquelas mães jovenzinhas que acham que os filhos de uma hora pra outra crescem e pronto.
Sou a mãe que quer estar junto, quer participar...fazer dormir, dar comida, ter pique pra aguentar as noites com febre e tosse.
Aquela mãe que chora vendo ele fazer o primeiro tema, o desenho da família. A mãe que acorda a cada respiração mais forte. Aquela que dá bronca e depois vai se esconder pra chorar baixinho.
Presente para ver o primeiro teatrinho, pra conversar com a "Prôôô", pra comprar chuteira, e achar que ele vai ser pequeno pra sempre.
Me surpreende em ver e saber que meu bebê aceita e gosta das minhas escolhas. Gosta de quem eu gosto, sai do carro e volta porque esqueceu de dar um abraço nele...
Não sou a Su do Murilo, não sou a irmã mais velha dele. Sou a mãe, a manhê, a mamãe, a mama.
E abro mão, mesmo com uma dorzinha no coração do que for preciso por ele.
Um comentário:
Depois que a gente tem filhos, tudo começa a girar em torno deles. E não há nada mais gostoso que isso! :)
Beijos!
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