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Bendita hora que inventaram a tal pascoa. Não digo pelo ato religioso em si, mas pela chocolatança, ovos, coelhos, e afins.
Faziam uns 5 anos que o tal do sêo coelho não passava nos lugares aonde eu estava em cada ano. Pensava que "sem ovos porque eu não me comportei"... e esse ano ele veio, acertou meu endereço, acertou nos meus gostos chocólatros, e meu deixou com uns 3 Kgs a mais, algumas espinhas, e um nó embrulhado no estomago. [os olhos são maiores que a boca]

Decidi tentar fazer uma surpresa, pra depois da pascoa... sem chocolate pra ele até então. Fiquei [até então eu tô] quietinha, não me desculpei pela ausência do "presente", só dei feliz pascoa no dia "D" e por telefone. Acho que não notou nada, e que nem ta preocupado se ganhou choco ou não. Isso é bom...
Pegar as pessoas de surpresa é ótimo... aguardem!

Um café na finaleira de domingo, cigarros, chantilly [R$0,80], e confissões.
Não mudo mais por ninguem, e sempre, mas sempre vou falar o que penso quando se solicita minha opinião. Não façam comparações, nem me chamem de "outubro", mas a vida prega peças, e essa história já me saturou. Aprendemos a viver com a distância.
O que parece insubstituivel se tornal substituivel, o que se parece eterno, não se é eterno. E a cada dia que passa, notamos que cada vez mais temos que cair fora. Não se fazer presente.

Sinceramente? pensei que não fosse superar tanta coisa na minha vida. Uma gravidez, um casamento, uma separação relampago, mudança de cidade... Superei. To aqui viva e de pé.
Esse tapa na cara, essa infantilidade toda, esse ignorar...é só mais uma coisinha a superar.
Não troco mais de numero quando ligo pra alguem. Não chamo pra tomar café quando sinto vontade. Aprendi a viver sem.
Pessoas são descartáveis. Aprendi na marra.

- que o pra sempre, sempre acaba - já dizia Cássia ou Renato....