...ele me pediu se eu ia se tivesse novamente. Minha resposta rápida demais foi Não.
Não vou. Não acho bom eu ir.
A forma como ele me olhou, aquele olhar de quem me conhece e sabe exatamente tudo o que eu penso e sinto foi de reprovação mas com um ar de ternura.
Foi enfático ao dizer que eu não superei, e que isso deixava ele surpreso [mesmo eu sabendo que ele não estava].
O entender que o fim sempre tem que partir de nós foi a pauta da conversa.
No meio de pratos e copos, rolou uma lágrima fininha, misto de vergonha e receio.
A questão não é o superar nada. É o entender.
É saber que certas coisas não voltam. Mas o alívio vem quando sabemos que coisas novas aparecem, e que nos fazem bem.
Pessoas são complicadas, são complexas, cada um com suas idéias e opiniões.
Noto que não temos que entender ninguem, nem tentar mudar o que passa na cabeça delas.
Temos é que aproveitar o que podemos fazer juntos. Temos que aprender a viver com as diferenças e tirar proveito disso.
O julgar é um ato feio, baixo, triste.
O fim da conversa foi adiada. Mas sei que um puxão de orelha me espera. Mas sei também que ao escutar o que eu vou dizer, ele vai sentir orgulho. Vai perceber que as palavras ditas em anos não foram da boca pra fora... eu entendi e apliquei boa parte dos teus conselhos na minha vida.
Se hoje eu consegui pegar as redeas e seguir meu caminho da melhor forma possível, tendo a certeza que o futuro só me reserva coisas boas.
Boa parte do mérito é pra ti. Te devo muito.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
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